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Cada dia vemos o quanto nosso dinheiro é destratado pelos governantes. Pessoas enriquecem às nossas custas: celulares, carros, moradia, alimentação - tudo pago com nosso suor, com nosso trabalho! É uma pena que ainda sejamos passivo a esse desrespeito. Se queremos mudança, devemos começar a tomar outras atitudes. Estamos sendo tratados como os escravos que trabalhavam simplesmente para conforto e bem estar de seus senhores. Conquistamos a democracia e com o capitalisto também podemos ter uma vida digna. Não vamos nos acomodar com os desmandos de certos políticos brasileiros. Somos responsáveis por eles estarem lá, então vamos cobrar mais ética e respeito com nosso trabalho, nosso suor e nosso dinheiro.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Atrasos na Copa

FONTE: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cod_post=447115&ch=n

Atrasos na Copa são preocupantes (Editorial)


O Globo

O Brasil foi escolhido em outubro de 2007, quase cinco anos atrás, para sediar a próxima Copa do Mundo. Logo em seguida à sagração, pela Fifa, da candidatura brasileira ouviram-se advertências sobre a necessidade de os organismos envolvidos na organização do evento, o poder público à frente, evitarem os erros que haviam sido cometidos ao longo da preparação do Rio para abrigar os Jogos Pan-Americanos daquele mesmo ano.

Confirma-se agora que eram justificados os insistentes alertas, à época rebatidos como apressadas manifestações de catastrofismo. A pouco mais de dois anos do Mundial de 2014 (e a um do começo da Copa das Confederações, parte do pacote da Copa) já se passou mais da metade do tempo concedido ao país para se preparar, e muito pouco foi feito.

É cada vez mais preocupante o ritmo das obras que o país se comprometeu a fazer para a Copa. O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, minimiza os atrasos no cronograma, mas as certezas da mais alta autoridade do governo envolvida diretamente com o evento se assentam apenas em profissões de fé.

A realidade escanteia seu otimismo: das 101 obras do Mundial, apenas cinco foram entregues.
Esse quase insignificante naco das intervenções previstas reúne investimentos de R$ 200 milhões — menos de 1% dos 27 bilhões destinados para estádios, aeroportos, portos e mobilidade urbana.

Até abril, 55 projetos ainda estavam em andamento e 41 (40%) sequer haviam saído do papel. Os números, divulgados pela Pasta do otimista ministro Rebelo, justificam as cobranças que a Fifa vem fazendo, com base em análises próprias do andamento das obras no país.

Nesse gargalo confundem-se incompetência gerencial do poder público, indícios de esperteza (de agentes envolvidos nos processos de liberação, contratação e realização de obras) e dogmatismo militante.

No primeiro caso, fica patente que os governos envolvidos no projeto Copa (em maior escala, o federal, fonte da maior parte dos recursos a serem desembolsados) não estão dando conta de seus compromissos; no segundo, suspeita-se haver, em certos casos, o mesmo movimento verificado na preparação do Pan de 2007, de se criar embaraços para reduzir o tempo de execução de projetos, de modo a abrir o campo para a entrada de expedientes como a burla a legislações e revisões orçamentárias, em nome da premência do tempo (mesmo que as obras já se beneficiem de um regime especial); no terceiro, com empecilhos principalmente na modernização administrativa dos aeroportos, estão as digitais do preconceito ideológico contra a necessária privatização da gerência dos terminais.

Em relação aos estádios a preocupação parece menor. Mas, quando entra na disputa para sediar a maior competição de futebol do planeta, o país se compromete a arcar com os custos (financeiros e administrativos) de preparar as cidades-sedes (intervenções urbanísticas, melhoria do sistema de transportes, modernização dos meios de mobilidade urbana etc.) para os eventos.

Ou seja, não basta garantir o conforto dos torcedores dentro das praças esportivas, mas assegurar-lhes facilidades (de locomoção, hospedagem e alfandegárias) para chegarem até os locais dos jogos — e nisso vamos mal.

O otimismo do ministro dos Esportes o leva a criticar o preconceito com “obras no papel”. A questão, no entanto, é outra: trata-se de determinar com que velocidade elas sairão das pranchetas.

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